A manifestação pública marcada para a tarde-noite de 3 de agosto em frente à Câmara Municipal de Saquarema repercutiu bem além do que se previa. E ela, na verdade, nem chegou a acontecer de fato, mostrando que a ação cultural tem uma força que mobiliza de uma maneira muito mais sutil, provocando abalos nas superestruturas.
A mobilização dos agentes culturais aconteceu, principalmente, através de uma convocação através da internet e vários telefonemas, chamando a atenção de órgãos da grande imprensa, e culminando numa reunião de mais de 30 pessoas na Colônia de Pescadores Z-24, local da concentração para a passeata que estava prevista e que não aconteceu por dois simples motivos: a forte chuva que caiu por volta das 18 horas e, principalmente, porque a sessão da Câmara de Vereadores marcada para aquela noite foi cancelada, sob a alegação de que não havia, até então, uma definição do que seria feito em relação à reivindicação da classe artística. A decisão sobre o destino da Casa de Cultura Walmir Ayala foi adiada. Os vereadores optaram pelo silêncio e pelas portas fechadas, passando a responsabilidade para o Executivo tomar um posicionamento.
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